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Arte faminta
Ars gratia artis
Boletim Lunar
No momento que fecho essa edição, a lua está no quarto crescente com 89% da superfície visível. Vai alcançar a fase cheia no dia 12/05. A maré está subindo, mas já estará bem baixa quando essa newsletter for enviada e chegar no seu email.
Hoje em Luas e Marés
Uma reflexão sobre os terrenos que escritores e artistas desbravam, sobre a criatura selvagem chamada arte, e algumas novidades. Não se esqueça de vestir seu colete salva-digitação, essa newsletter infelizmente não conta com o suporte editorial de outras pessoas além de quem a escreve.

Desenho feito por mim, Lis Vilas Boas, digitalmente. Um navio imaginário com três decks e três velas triangulares com formato de asa de morcego. No casco do navio está escrito NAPeq Verne. Acima do desenho do navio está escrito em letra cursiva “Ars gratia artis”. A maior parte da imagem está em preto e branco, a não ser pelas velas avermelhadas e as linhas amarelas sublinhando a frase.
“Tá, mas você escreve o que?”
Falei brevemente sobre isso esses dias nas redes, mas continuo ruminando o assunto, que na verdade é bem mais amplo na minha cabecinha.
Eu demorei um bom tempo da minha vida pra me aceitar e me apresentar enquanto escritora. É engraçado porque nunca tive muita hesitação quanto a ser cientista. Já na faculdade, no auge da arrogância da juventude de uma pessoa que estava finalmente vivendo tantas aventuras quanto tinha sonhado num período ainda mais jovem da vida, eu acreditava ter realmente encontrado a minha Vocação e não tinha a menor vergonha disso — os anos de formação foram passando e o currículo lattes aumentando estava lá de prova. A cada novo diploma, uma especialização, um nicho escavado com muita luta, e talvez eu ainda retenha uma boa parte daquela arrogância jovem quando digo com orgulho que um bom bocado do que fiz na pesquisa ainda não tinha sido feito antes no Brasil. Apesar de toda a síndrome de impostora nossa de cada dia, o acúmulo de produtos científicos aprovados por pares solidificou a confiança em dizer: sou cientista, sou pesquisadora, sou [insira aqui um título acadêmico de sua preferência].
Enquanto isso, os textos de ficção acumulados por anos em folhas soltas, cadernos e pastas de computador não pareciam contar muito. Foram anos, a maior parte da minha vida, pra criar coragem de deixar alguém que não eu ler, e então tentar publicar. Foco aqui no tentar, porque eu tinha muitas dúvidas quanto a conseguir um espacinho nas estantes, virtuais ou físicas. E mesmo quando os textos começaram a receber lindos “sim!” (alô, Faísca Mafagafo, Hexagon Magazine!) ainda precisei respirar fundo pra fincar minha primeira bandeirinha na colina da escrita, tão distante do terreno anterior já desbravado.
Hoje, mais corajosa, olho pro mundinho da escrita não como uma colina, mas um continente inteiro que me convida a subir e descer por um relevo diverso a ser explorado. Há tanto que ler, tanto que escrever.
O que me traz de volta a pergunta do começo. Existem muitos motivos para uma escritora escolher um cantinho no Continente e se firmar nele. Afinidade com um gênero literário preferido, identificação com público leitor, conforto, vergonha, vendas (claro, porque o vale da escrita não é feito só de sonhos e alguns de nós são loucos o bastante para tentar tirar o dele o que comer)… Num primeiro olhar, esse pode parecer o mais comum: escritores que construíram suas casinhas num lugar e lá ficaram. Quando pensamos nos “grandes nomes” da literatura mundial, sobretudo da literatura comercial mundial, eles vêm junto de algumas etiquetas. Ágatha Christie, romance policial. Stephen King, terror. Jane Austen, romance. Gabriel Garcia Marques, realismo mágico. Júlio Verne, ficção científica. Tolkien, fantasia. Vocês entenderam.
Mas o que dizer de Ursula Le Guin, que escreveu tanto ficção científica quanto fantasia e ensaios? É claro que ambos os gêneros ainda fazem parte de um mesmo grupo, o especulativo, o que foge da realidade nossa de cada dia. O que não quer dizer que sejam iguais ou mesmo que compartilhem leitores. Num exemplo mais recente e atual, não torça o nariz para ela, temos Rebecca Yarros, que escreve tanto romances contemporâneos quanto fantasias (sim, carregadas de romance nas asas de dragões). Aqui no Brasil, temos Carol Chiovatto que seguiu os passos de Le Guin e tem tanto livros de fantasia quanto de ficção científica. Karina Heid tem romances contemporâneos e romances de época, que podem parecer ainda mais próximos entre si mas são subgêneros do romance romântico com suas particularidades próprias. Fernanda Castro tem romance policial sobrenatural, romantasia e uma fantasia mais pro realismo mágico (na minha humilde opinião). Waldson Souza passeia pela ficção científica e pelo suspense. Anna Martino e Jana Bianchi? Escrevem o que dá na telha, sem brincadeira. E eu acho isso muito lindo.
Dentro de um escritor podem existir muitos lobos (ou peixes, ou corvos, ou insetos, ou até fungos), e o que dá as caras primeiro na escrita não necessariamente é o mais forte ou o favorito. Invariavelmente, o primeiro livro de um escritor que você lê não é o primeiro livro que ele escreveu, por vários motivos. Seja porque a criatura precisou ser reescrita tantas vezes que se tornou uma outra quimera a partir do esboço inicial, seja porque o escritor amadureceu e escreveu coisas melhores pra mostrar, seja porque a editora gostou mais de um trabalho específico entre tantos que ele produziu.
Pois é, muitas vezes, o primeiro livro publicado de um escritor nasce de uma oportunidade. Nossos textos trilham caminhos próprios, por mais que a gente tente fazer com que todos passem pelo mesmo corredor. Principalmente pra quem, como eu, optou por insistir nas vias tradicionais de publicação (via casas editoriais sérias que investem no autor ao invés de pedir que o autor invista o próprio dinheiro), os ventos das tendências de mercado contam muito.
Garras não foi nem o primeiro livro que eu escrevi e nem o primeiro que eu apresentei para editoras, ele foi só o primeiro que foi aceito por uma grande casa editorial. E eu fico muito feliz que tenha sido justamente ele, um livro que muita gente que me conhece apenas superficialmente talvez pudesse dizer “mas isso é tão não Lis!”.
Entendo a surpresa de muita gente, afinal de contas os meus primeiros contos publicados em português foram Marea Infinitus e As sete mortes de uma sereia, ambos muito diferentes entre si e também muito diferentes de Garras. Entendo também que isso passa perto de parecer que “me vendi”, deixei de escrever uma ficção especulativa supostamente mais séria pra escrever um romance super comercial. Mas a verdade que pra uma mulher como eu — vinda de uma formação científica, acostumada a caminhar por ambientes mais masculinos — publicar um romance tão romântico quanto Garras é um tipo de libertação também. Não vou entrar aqui na seara do “romance romântico enquanto gênero considerado inferior por ser coisa de mulher”, essa newsletter não é sobre isso, ainda que seja um fenômeno real.
Esse texto todo é uma grande reflexão sobre as coisas que me nutrem enquanto pessoa que aprecia artes, e a forma que essa alimentação influencia também na arte que eu produzo. E, em última instância, sobre o processo atual que venho vivendo. Depois de tanto tempo para me reconhecer enquanto escritora, venho tomando fôlego pra me enxergar enquanto artista.
Venho aos poucos usado mais essa palavra, me sentindo mais confortável com ela. Ainda estou longe de ter a mesma confiança com que me apropriei do título de cientista, talvez porque justamente no campo das artes me faltem os diplomas — e a disposição de correr atrás deles. Ainda acredito muito no estudo, na prática e no aperfeiçoamento. Só não quero o Rigor Acadêmico na minha arte. Pode parecer contraditório, mas quem vive de estudar (e pesquisar) compreende bem a diferença.
O Rigor Acadêmico, por exemplo, me levaria a escolher um gênero literário e possivelmente acreditar que eu deveria dominá-lo como se fosse uma disciplina, ou como fazemos com as nossas áreas de pesquisa. Não quero tratar meus textos de ficção assim. Gosto mais deles como animais selvagens que eu encontro desbravando as várias regiões da literatura. Algumas vezes sou atacada por lobisomens e da mordida saem romances, outras nado com peixes e polvos e daí surgiram contos de ficção científica, volta e meia me esbarro contra coisas sem nome e tentativas de horror surgem. Tem ainda lugares e monstros que olho de longe, pensando se já tenho tamanho pra fazer uma visita.
Deixo aqui um mapinha ilustrado que eu mesma fiz para demonstrar a geografia simplificada de onde vivem minhas histórias.

Desenho feito por mim de uma mapa imaginário contendo diferentes feições de relevo. De baixo para cima: Ilhas da Aventura, Baía da Comédia, Floresta dos contos de fadas, Castelo Sobrenatural, Pântano do Horror, Lago da Ficção Estranha, Mata dos Monstros, Cidade do Mistério, Rio do Romance Romântico, Enseada das Tragédias, Vilarejo do Realismo Mágico, Colinas da ficção histórica, Vale da Fantasia, Montanhas dos Mitos e Lendas, Campos da Ficção Científica, Descampado das Ideias a Esquecidas, Floresta das Premissas Nascentes, Território não cartografado.
Estou consciente que isso pode ser uma dificuldade na parte das vendas, que isso pode confundir o público ou mesmo que isso signifique escrever mais do que publico, porque nem tudo vai encontrar um encaixe editorial no momento certo (como Garras encontrou). Mas isso é o mais verdadeiro que consigo fazer sobre a escrita, a minha arte, no momento. E fico muito curiosa sobre o que futuro reserva quanto aos textos que vou sentir vontade de produzir.
Em tempos de IA e a obsolescência iminente dos artistas humanos nas grandes mídias, me parece que é cada vez mais relevante fazer o que se gosta, dar ao mundo o que se acredita. Já não é uma carreira rentável, na verdade, o oposto disso — a vasta maioria dos escritores do Brasil não vive de escrita. Se manter respirando nesse meio por algo que não gostamos por si só seria um desperdício, competir com robôs parece ainda mais inútil. Não tenho como prever o futuro do mercado editorial, não sei como estará o cenário daqui a dez anos, não sei se leitores ainda vão ser capazes de diferenciar livros escritos por pessoas ou até se ainda vão procurar por eles. Só sei que artistas não vão deixar de existir.
O ser humano sempre fez arte, das mais variadas formas, e sempre fará. Ela existe enquanto ferramenta crítica do mundo, enquanto escape desse mesmo mundo, habita a nossa vida como hobby descompromissado ou segredo precioso — nem sempre tem uma função lucrativa, e isso é parte da beleza da coisa.
Tempo desses vi uma reflexão que infelizmente não sei a autoria, mas que ficou comigo: temos perdido a noção de que a arte é só algo que humanos fazem. Simples assim. Atualmente as artes tem sido associadas a talento genial ou grandes esforços de pura disciplina, e aceito que ambos existem, mas também empurram a percepção de que apenas poucas pessoas são capazes de fazer arte, de que só existem essas duas formas de ser artista — coloca a arte num patamar de alta performance. Quase como se a gente pensasse que só atletas de alto rendimento podem correr no parque ou jogar futebol aos domingos, como se só valesse a pena engajar em determinada atividade se você tiver como objetivo se tornar o melhor de todos nela.
No ano passado fui fazer aula de desenho, sem a menor pretensão de me tornar ilustradora profissional (como os meus desenhos dessa newsletter demonstram). Lembro de ser criança e ter implorado pros meus pais me colocarem na aula de pintura em tela, e mesmo não tendo sido algo que eu retive pra vida, esse período ainda faz parte de mim. As poucas telas que eu pintei estão na parede ainda. O que aprendi na época vem ressurgindo na forma de velhos hábitos agora que estou me batendo com aprender aquarela.
Também recentemente comecei a aprender crochê, através de tutoriais gratuitos na internet mesmo. Nesse caso, a motivação foi fazer coisas pra minha filha. Quando ela nascer, e quando crescer, talvez não goste de nada do que eu fizer — mas quero que saiba como é a sensação de olhar pra algo e pensar “minha mãe fez pra mim”. Minha mãe fez tantas coisas manuais pra mim, minha avó e minhas tias também. Isso foi parte da minha vida. A máquina de costura da minha avó, uma relíquia, ainda faz muito por mim — e agora também pra minha filha. Inclusive, acho engraçado quando as pessoas se surpreendem com o meu interesse por linhas e agulhas, como se esses artesanatos jamais tivessem feito parte do meu mundo, como se quando criança eu não tivesse ido várias vezes pra casa de uma tia aprender tricô e pra casa de outra aprender a pintar.
(Pra ser justa, entendo sim de onde vem essa surpresa, vem do mesmo lugar que a surpresa por eu ter publicado um romance como Garras. Mais uma vez, não vou entrar no assunto do pouco caso com os trabalhos que teoricamente pertencem apenas ao universo feminino.)
Talvez haja aí um enorme número de acadêmicos das artes que discordem, e provavelmente terão bons argumentos, mas me dou a liberdade de chamar tudo isso de arte. Arte visual que faço pelo meu próprio prazer, arte têxtil que faço como forma de amor pela minha filha ainda na barriga, arte escrita que faço porque transbordo e as palavras sobram no papel procurando quem as leia. Nem todas elas vão me dar um retorno prático, isso se derem algum retorno — e não precisam ter.
Não vou dizer aqui que TODO MUNDO deveria ter pelo menos um passatempo artístico (embora eu ache que sim), se você não tem a vontade de fazer nada, ok, cada um é cada um. Mas tudo isso vale também pra forma como você interage com as artes de outras pessoas. Nem tudo que você lê e assiste precisa ser útil, cumprir uma função. Ao mesmo tempo, nem tudo precisa ser consumido da forma que grande parte das pessoas consomem hoje, devorando um vídeo curto e logo em seguida passando pro próximo entretenimento tão curto quanto. Algumas coisas exigem mais tempo de exposição, sucessivas idas e vindas, para serem apreciadas. Quadros que você não percebe todos os detalhes numa única olhada, livros que revelam camadas em releituras, filmes e peças de teatro, e também algumas formas mais desafiadoras de se interpretar como dança e música instrumental. Todas essas formas de arte têm diferentes camadas e é sua escolha o quanto penetrar nelas. Logo de cara pode parecer muito difícil— pode parecer algo para poucas pessoas — mas não é tão diferente de um exercício físico. Quanto mais arte você respira, e quanto mais variada ela for, mais naturalmente os significados vão enchendo seus pulmões, e consequentemente mais brota de você.
Tempos atrás me deparei com essa expressão em latim: ars gratia artis. A arte pela arte. Na verdade, é uma teoria que diz que o propósito da arte é justamente o prazer estético e não deveria se resumir a fins utilitários. Particularmente, acho que arte pode ser muito mais do que isso também, mas gosto dessa ideia do fazer artístico pelo fazer, e o que vier disso, é um bônus. E penso que é também parte de um ciclo. Arte é uma criatura faminta e se nutre de outras artes.
Arte se alimenta de arte. Não sei como ficaria isso em latim, mas é uma frase que amo, e complementa a outra. Quanto mais bebemos de fontes variadas, mais ficamos cheios dessa alquimia difícil de explicar.
Na verdade, acho que isso vale também pra quem prefere não fazer arte, ou não faz por acreditar que não leva jeito. Você não precisa levar jeito, pode aprender. E não precisa alcançar uma perfeição visando mostrar pras pessoas, pode fazer só por fazer, criar por criar — se sentir bem com algo que não existia no mundo antes de você fazer. Mas… até pra ter essa vontade, acho que precisa, sim, se expor a obras que já existem por aí. Quanto mais variadas, melhor.
Vai lá assistir uns filmes em preto e branco — tá liberado reclamar de cinéfilo mesmo assim. Vai ver umas exposições no museu — tá liberado julgar silenciosamente o pote de vidro vazio ou a tela de um risco só. O ponto não é apreciar tudo. “Mas isso até eu fazia.” Esse é o ponto. Ser tocado de tal forma que sinta o ímpeto de fazer o seu, levar a sério que você pode sim fazer. Vai ser “melhor”? Não sei, de novo, essa não é a questão. Vamos desapegar um pouco dessa subjetividade. E veja bem, não estou sugerindo que você vá fazer arte por puro despeito (mas se quiser, pode), sugiro começar mesmo com o que você gosta… mas mesmo isso é um processo de descoberta, e que pode mudar ao longo do tempo. Tanto quanto o estilo (e o gênero literário) do artista pode mudar.
Acho que voltamos para o começo do texto, então não tem muito mais que eu possa falar para externar esse incômodo crescente com os moldes e caixinhas, expectativas engessadas, e a automatização plagiada das IA generativas.
E eu sei também que esse é um discurso utópico, sobretudo pra quem escolheu viver disso. Sei dos meus privilégios, poder esperar o tempo de cada história é um deles. Mas, sendo a arte uma escolha profissional, só acho que se alimentar das artes mais diversas possíveis é ainda mais essencial. A inspiração não é só uma musa que vem dançar na nossa frente, é também uma daquelas criaturas selvagens que pode ser procurada e observada em seu habitat natural. A arte pela arte, a arte se alimenta de arte, e se ela é um monstro faminto, acho que nos cabe ser também.
Novidades
Essa semana meu primogênito, Marea Infinitus, fez dois anos de publicação! E sim, foi ele que me deixou toda nostálgica e pensativa sobre escrever tantas coisas diferentes e amá-las igualmente. Pra comemorar, me uni ao Sem Spoiler e a Vivs da Tradushirts e fizemos um sorteio! Um dos prêmios? Essa camiseta com estampa linda e exclusiva que já está disponível no site da tradushirts!
Na sexta-feira, dia 09/05, eu vou participar da live “Chá de Prosa” com as autoras Dan Rodriguez e May Mortari! Se você gosta de crochê e livros, dá uma passada lá! Informações detalhadas aqui.
Muita gente tem me pergutado também se estarei na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. A resposta é SIM, e já tenho duas datas meio que fechadas, mas ainda não posso divulgar. De qualquer forma, saibam que devo estar por lá tanto no primeiro quanto no segundo final de semana, mas provavelmente não vou estar nos dias úteis de semana. Logo logo divulgo uma agenda oficial com meus horários no estande da Editora Rocco ou passeando pelo evento para prestigiar colegas!
Beleza, Lis, mas e as tais histórias novas? Cadê?
Que bom que você perguntou!
O meu próximo romance que será lançado pela Editora Rocco está em edição a todo vapor. No último mês, recebi o manuscrito com os comentários e sugestões da editora, e o devolvi com as alterações. Agora estou no aguardo da próxima leva de edições. Quantas serão? Nunca se sabe, mas o livro tá andando! Talvez nos próximos meses eu possa começar a falar dele.
Enquanto isso, EM BREVE vai ter uma história nova minha circulando por aí! Acredito que nas próximas semanas, se estou fazendo a conta certa, já vai estar disponível para leitura! Acho que não posso dar muitas pistas, mas é uma história justamente pra quem tava com saudade das minhas invenções em ficção científica. Ah, e tem peixes. E uma referência a uma peça de Shakespeare, bem sutil.
Veio com a maré
Você sabia que estamos no #maionacional? O maior nacional é uma iniciativa completamente orgânica que surgiu nas redes sociais encabeçada pela Ana, do perfil @anaestalendo, pra incentivar a leitura de obras escritas por pessoas brasileiras. Vale tudo, conto, novela, romance, quadrinho... sendo produto nacional, tá valendo. Por isso, nessa newsletter vou deixar indicações de livros escritos por escritores brasileiros, meus colegas VIVOS, que ficariam muito felizes de ir parar na sua estante.
Carga Viva, novo romance da Ana Rusche, sendo lançado nesse mês eu ainda não li mas é só porque o meu ainda não chegou. Gosto muito da escrita da Ana, tanto as ficções quanto ensaios. Se esse romance dela não for muito a sua praia, dá uma olhada na newsletter dela!
Volta e meia eu falo de Mariposa Vermelha da Fernanda Castro, mas você conhece o filho do meio dela? O Fantasma de Cora é uma mistura de novela da tarde com mistério Agatha Christie e, ouso dizer, Gasparzinho! Esse talvez seja o livro menos falado da Fernanda, mas eu amo demais essa história e a mocinha desse, a Francine, foi uma das minhas inspirações para a última mocinha que eu escrevi!
O Auto da Maga Josefa já roda por aí tem um tempinho, e confesso que estou indicando por motivos egoístas: quero que a Paola Siviero escreva um segundo livro, com mais histórias de Toninho e Josefa! Esse livro, inclusive, já foi até adotado em várias escolas, porque trás um mundo muito rico inspirado em várias lendas brasileiras e se passa num cenário nordestino encantado. Se você já leu, pede pra Paola escrever mais um. Se ainda não leu, não perca tempo!
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