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20.000 Histórias Submarinas - Areia e Pólvora #20

 Setembro foi difícil e outubro começou com o pé na porta, mas o ano todo não foi fácil e a gente chegou (mais ou menos) com vida até aqui então bola pra frente. Eu ia mandar o capítulo ontem mais não tive cabeça, os olhos viciados na contagem de votos. Hoje tenho um pouco mais de cabeça e muito mais de teimosia, então bora continuar remando. E bom, pelo menos em outubro tem feriado.

Atenção, não esqueça de vestir seu colete salva-digitação!

Nos capítulos anteriores...

 Anabela está viva! Mas a que custo? Ser tratada pela sogra-ops, mãe de Delfim, não é uma experiência muito tranquila. Além disso, alguém além de Hermes pode estar traindo o Balaena...

20 - Verdades (mais ou menos) intransponíveis

— Duda, você tem que me tirar daqui — Anabela sussurrou, usando a tigela pra esconder o rosto. — Ela vai me matar.

Da outra ponta da cama, com dois cadernos abertos sobre as pernas cruzadas, Dudalina inspirou e expirou. Essa foi a resposta. Em algum lugar da casa, uma máquina não identificava chiava baixo e passos acompanhavam o som.

— Eu já consigo andar — ela continuou, chegando mais pra frente e tentando mascarar a pontada de dor que sentiu na barriga. — Se você carregar minhas coisas, que nem são muitas vai-

— Ser mordida por Ladrão. Não, obrigadinha. Tô precisando das minhas mãos pra atividades mais urgentes — Duda respondeu sem olhar para cima, virando uma página. — Essas bombas não vão se construir sozinhas.

— Mais um motivo pra você me tirar daqui, eu posso ajudar.

— Hmmm prefiro não correr o risco de você desmaiar enquanto manipula os materiais mais explosivos do mundo de acordo com você mesma.

— Mas-

— Anabela! — Dudalina por fim levantou a cabeça. — A Joana não vai te matar.

— Fácil pra você falar.

A contramestre revirou os olhos e Anabela se inclinou de volta contra o travesseiro. Apesar de sua insistência, sabia que não podia abusar. A ferida não doía mais do que uma pontada por dentro, depois dela ter instruído Joana em como destilar o marisco-ardente para fazer anestesia, mas não estava completamente fechada — movimentos demais provocavam sangramentos e a exaustão a que o corpo não estava acostumado dos últimos dias intensos estava cobrando um preço.

Então ela ficava de cama. Respondendo as perguntas de Dudalina. Recebendo o tratamento frio de uma médica que não a queria como paciente. Ouvindo os barulhos diferentes da vila que só vira por vislumbres através da janela. Sendo ignorada por Delfim. Enlouquecendo.

De certa forma, era uma prisioneira de novo, então talvez devesse se comportar como uma. Pensou no que Castro faria — Gamão teria aceitado ser mimado e paparicado por quem estivesse cuidado dele, então não era o melhor exemplo a seguir. Não, precisava de um conselho do irmão do meio, que nunca tivera nem quisera os afagos constantes dos pais.

Primeiro de tudo, praticidade. Precisava de uma forma eficiente e não-mortal de se mover. E então, traçar uma rota. Encarar e intimidar pessoas talvez ajudasse também e-

— Eu tenho uma novidade! Esqueci de contar...

Dudalina tinha parado de copiar os esquemas explosivos, enrolava um cacho do cabelo num dedo enquanto a outra mão tamborilava na própria perna. Ela também parecia não conseguir olhar para Anabela, mordendo uma bochecha.

— Pode falar.

— Chegou uma mensagem de Porto Baleeiro... específica pra Delfim, não foi um anúncio público no rádio... — Duda suspirou, franzindo a testa para os cadernos. — Uma flotilha foi avistada chegando do sul.

Castro. Vindo como se respondendo a seus pensamentos. O coração começou a bater mais rápido, tanto de felicidade quanto de apreensão.

— Cinco navios. Duas caravelas, uma fragata, uma corveta e-

— Um veleiro pequeno. Velas azuis e um par de remos cruzados sobre uma árvore em todos os cascos. Navegando, não voando. Você esqueceu de me contar essa novidade tão inusitada?

Dudalina confirmou com a cabeça. Anabela logo deixou a indignação de estar recebendo a notícia provavelmente dias atrasada. Argo. Cinco naus Argo. Mas o número não estava certo — quase abriu a boca para falar isso, se conteve no último segundo e só suspirou.

— É ele, não é? Acha que ele recebeu sua mensagem?

— É Castro, sim... e talvez eu consiga adivinhar quem são os outros capitães.

Outros dez, não cinco, porque Castro não viajava com a flotilha inteira em formação. Haveria outro grupo com exatamente a mesma composição navegando por outro caminho para confundir os relatos de avistamento, dar a impressão de deslocamento veloz e imprevisível. E sempre pelo mar, tomariam o ar só para o golpe final.

Um instinto desconhecido impediu que dividisse a informação com Dudalina. Provavelmente haveria ainda um traidor na tripulação, e por mais que não acreditasse que essa pessoa fosse a contramestre, não podia arriscar que de alguma forma o elemento surpresa fosse perdido. E em última instância, a outra também não estivera confiando nela.

— Há quanto tempo vocês sabem?

— Um pouco depois que chegamos, você ainda tava sob anestesia.

— E a ideia de esquecer de me falar que a minha família agora tá oficialmente no meio dessa confusão foi de quem? É por isso que a Joana veio com aquela conversa toda de colonização, não é?

— Não, calma.

— Calma O QUE, Dudalina? Desde a primeira hora que VOCÊS me colocaram nessa confusão eu me demonstrei disposta a contornar tudo pra não sermos inimigos, eu salvei a vida do cabeça dura do seu capitão, eu consegui a maior vantagem do mundo pra vocês contra Nero, e eu não posso nem saber que meu irmão tá aqui perto?

Pontada de dor e sangue pro raio que os parta. Anabela se jogou de pé, depois de brigar com os pés enrolados na coberta. Pouco glamuroso, mas ainda assim levantou com a maior parte da dignidade intacta, nem cambaleou.

— Foi ideia dele, não foi? Não me contar?

— Anabela, chuchu, se acalma, sua ferida vai abrir, criatura!

Ela não estava mais ouvindo. Saiu marchando quarto afora, ficou meio perdida na casa cheia de tranqueiras e prateleiras com muitos até ver uma porta que dava pra areia e o mar ao fundo.

— Ei, garota, volta aqui! — Veio a voz de Joana. — Se você desmaiar e começar a sangrar na areia, eu vou deixar!

Pois que deixasse. Anabela continuou sua marcha, primeiro por entre palmeiras na direção do mar e depois pela trilha de mato batido que encontrou e apontava na direção de mais cabanas e barracos com teto de palha. Ainda mais ao longe, o Balaena estava ancorado ao lado de outros navios, coberto de cordas e marinheiros pendurados fazendo reparos. Ajeitando os óculos, prosseguiu com mais determinação. Se tivesse que nadar até Delfim e descarregar o que estava pensando, o faria.

O ar com gosto de sal e cheiro de comida lhe deu forças. Estar de pé e tomando a dianteira também, sentiu o sangue de gerações de Argos teimosos e destemidos bombeando pelos braços e pernas doloridos — certamente não era a pior situação já enfrentada por alguém de sua família e todos eles tinham ainda as marcas do luto pra provar. Gamão não tinha parado de lutar quando o Petrel estava afundando e Castro talvez nunca sequer tivesse coragem de parar, não seria ela a ficar na cama enquanto as pessoas corriam de um lado pro outro.

Com a turbulência de pensamentos, não devia estar com ar de muitos amigos. Foi encontrando pessoas pelo caminho e todas se afastaram, cochichando ou a observando de longe. Um pedacinho mais calmo de si conseguiu reparar na beleza caótica do lugar, absorvendo a atmosfera pacífica da vila. As construções de madeira e palha tinham tamanhos variados, ângulos improvisados — até ousados — e seguiam o contorno da ilha formando uma rua larga e tortuosa entre elas. No centro do caminho, barracas de comércio e todo tipo de coisa à venda. E as pessoas eram coloridas daquele jeito que os recifes de coral eram coloridos, todo tipo de criatura diferente junta no mesmo lugar.

Do outro lado do canal estreito, viu mais construções parecidas. Uma se despontava mais alta que as outras e se parecia muito com um pedaço de popa virado do avesso, e dela saía uma antena. Talvez devesse ir logo pra estação de rádio e tentar fazer uma transmissão, tinha uma leve noção de como explicar o caminho para Castro.

Com o momento de indecisão, parou e aproveitar para pegar fôlego. O sol estava bem alto no céu, não tinha reparado em como o dia estava quente. Ar tremeluzia sobre a areia, distorcia os pontos mais distantes da ilha e a imagem do que parecia ser um rabo balançando.

— Ô dona, cê tá bem?

Uma criança. Ou várias. Atrás do menino de cabelos trançados que a encarava, muitas outras estavam paradas num grupinho fechado, os olhares divididos entre curiosidade e desconfiança.

— Estou... ótima. — Um pouco sem ar, talvez.

— A senhora não tá com uma cara muito boa, não...

— Obrigada pela sinceridade. — Respirou fundo, reconsiderando as opções. Passar uma mensagem de rádio secreta na outra ilha enquanto era observada por um bando de crianças talvez não fosse muito fácil. — Sabe onde eu encontro o... como é que vocês chamam aquele cabeça dura do Capitão Lucas por aqui?

— Delfim, ué.

O garoto inclinou a cabeça e Anabela teve certeza que ele devia estar questionando a sanidade dela.

— A dona não vai achar Delfim aqui, não. Ele tá lá do outro lado do Calango — disse uma menina mais atrás, sendo imediatamente repreendida por uma onda de “shhh” dos colegas.

Anabela concentrou as atenções nela, que parecia ser sua aliada mais promissora. Nenhum outro adulto tinha tido a coragem de se aproximar, embora estivesse consciente dos olhares de vários deles ao redor. Deu um passo mais pra perto dela, tentando não se assustar com a breve perda de equilíbrio — estava mesmo muito quente — e se apoiou sobre o joelho, sob protestos de sua barriga.

— Obrigada por me dizer, agora poderia me explicar como eu chego do outro lado do Calango? Eu preciso muito conversar com Capitão Lucas.

— Posso não — ela disse, balançando a cabeça.

— E por que não?

— Porque ele te achou primeiro, olha.

Seguindo o dedo magrelo apontado para trás de si, Anabela viu primeiro, claro, a bala de canhão de pelos vindo correndo até ela. Depois o homem que queria ver, e só se deu conta do quanto quando ele já estava perto o suficiente para invadir seu espeço pessoal. Perto suficiente pra passar um braço por trás dos joelhos já meio dobrados dela, e pegá-la no colo.

Um gritinho de surpresa escapou sua garganta, e as crianças riram.

— O que você pensa que tá fazendo?

Delfim não respondeu. De cara amarrada para o horizonte, ele foi andando de volta pelo caminho que ela tinha vindo. Anabela se remexeu.

— Me põe no chão!

Nada. Pelo jeito era o dia de ignorar os pedidos de Anabela Argo. Ela se sacudiu de novo, e não parou. Ele segurou mais forte a apressou o passo, até alcançarem a linha das palmeiras de novo.

— Delfim! Eu não sou uma donzela em apuros pra você ficar carregando!

— Antes fosse! Uma donzela em apuros me dava menos trabalho!

— Vai atrás de uma, então, e me deixa em paz!

— E você acha que eu não queria? Se eu conseguisse você acha que eu não tinha te deixado ir embora faz tempo?

Se ele tivesse gritado teria sido melhor. As palavras podiam ter mil significados diferentes, mas o coração bateu mais forte e se apegou no único que queria ouvir. No único sentido que combinava com todas as vezes que ela também tivera chance de fugir e ficara.

Delfim expirou com força, passou a andar mais devagar. A casa da mãe dele já estava em vista.

— Eu devia ter te deixado em Porto Aveiro.

Do mesmo jeito que acelerou, o coração afundou no peito. Não importava o significado das palavras, se elas não se converteriam em ação. Tinham entrado naquela dança, chegando perto e se afastando, sem nunca se tocar de verdade — talvez fosse hora de interromper a música.

— Devia mesmo...

Os braços dele tremeram ao seu redor, Anabela tremeu junto. Aquela era a verdade que alianças seladas com um beijo não podiam transpor. Com um empurrão de forças renovadas, conseguiu que ele se abaixasse e colocasse no chão.

Buscou o apoio da palmeira mais próxima, levemente grata pelas lambidas de Ladrão na mão.

— Eu não te contei porque... porque achei que você ia querer sair correndo atrás dele, mas não posso deixar que uma flotilha Argo venha pra cá antes de eu ter certeza que seu irmão não vai pisar em cima da gente.

— Ah, sim, claro. Estou ciente das preocupações gravíssimas da sua mãe. — E eles ainda nem sabiam dos dez navios espalhados pelos Mares Esquecidos. O que não teria acontecido se ela não tivesse sido sequestrada, então engoliu a culpa e guardou o segredo entre ela e a bendita palmeira que a sustentava.

— Não vem de sarcasmo pra cima de mim, você não sabe como é estar do lado fraco da história.

— Oi? Olha só pra mim! — Anabela virou de frente, ignorando uma pontada de dor maior que as outras na barriga. Foi recompensada ao descobrir que ele a estava encarando de volta, o que já era um avanço. — Tem um buraco na minha barriga! A cada dois dias tem alguém ameaçando me matar ou me entregar na mão de alguém vai fazer coisa pior! As duas únicas pessoas que gostam de mim nessa ilha são um cachorro e uma contramestre que no final do dia sempre vai ser leal a você. Eu definitivamente não sou o lado forte dessa história!

— O problema não é você, e você sabe. — Ele falou baixo, mas com uma intensidade que a fez tremer toda, e não de medo. — Eu arrisquei meu pescoço e segui todos os seus conselhos de Porto Aveiro até aqui, eu confiei a minha vida e da minha tripulação a você, mas o Balaena é feito pra se arriscar. O Calango, não. Ponta Quebrada é muito mais que a minha casa, e eu vou morrer antes de trazer um caçador de piratas aqui.

— Mentira. Você não confia em mim de verdade, não confia que eu dou conta de segurar Castro apesar de eu ter estado certa todas as vezes. — Se empurrando para longe de árvore, Anabela apontou um dedo para ele. Não gostou da visão embaçada súbita, mas não parou porque se ia desmaiar era melhor falar tudo que tinha a dizer antes. — O problema é que você é cheio de medo! Eu ouvi o suficiente esses dias todos no Balaena. Você tem medo de não ser tão bom quanto seu pai! E é um cabeça dura também!

Talvez ela também fosse, o que parecia um problema menor diante do mundo girando e de seu centro de equilíbrio pendendo para o lado. Seria uma queda feia.

Ou teria sido, se Delfim não a tivesse amparado. Ele a segurou pela cintura e manteve de pé.

— Eu posso ser tudo isso, não vou negar... — Então, um sorriso pequeno brotou no canto da boca, brigando com a testa franzida dele. — Mas você deve gostar, não para de se jogar em mim desde que a gente se conheceu.

Anabela bufou e tentou empurrá-lo, mas não tinha nem mais força física, nem de vontade. Delfim suspirou, encostou testa com testa, ocupando toda a visão de mundo que ela tinha.

— Você quer parar de ser teimosa? Você ainda tá fraca. Ladrão tá preocupado.

— Só ele?

O apoio foi mudando de ângulo, menos de lado e mais de frente, menos amparo e mais abraço. Entre os corpos, um ou dois corações batiam com força, difícil identificar qual. Delfim levou a mão até seu rosto e o inclinou para o dele com uma carícia suave na bochecha. Das últimas vezes que tinham estado tão perto, ou estiveram em perigo mortal ou tinham se beijado. Anabela não tinha certeza de qual situação aquela se encaixava.

— Claro que não. Eu sou um capitão preocupado com todo mundo da minha tripulação.

— Entendi. Então eu ainda sou parte dela.

No bafo do dia quente e no calor do abraço, um arrepio percorreu Anabela. Olho no olho era muito fácil esquecer de todas as verdades intransponíveis e do que deviam ou não ter feito várias praias atrás. Ali, com as respirações misturadas, os problemas jogados ao vento pareciam bem menos importantes.

— Nós fizemos um acordo, se você não se lembra — Delfim sussurrou.

— Lembro sim... a gente estava que nem agora... no meio do mato. Tinha uma casinha por perto também.

Devagar, se concentrando para não vacilar, levou a mão até o rosto dele. Passou a ponta dos dedos pela barba, tentando memorizar aquela textura, tentando imaginar como seria aquela sensação contra peles mais sensíveis. Fechando os olhos, Delfim expirou e inspirou. Era inebriante perceber que ela também o afetava.

— E fechamos esse acordo da maneira mais séria possível.

— Enquanto um de vocês tinha uma hemorragia? — A voz de Joana veio seca e afiada, um corte com papel no dedo.

Com um sobressalto, Delfim se afastou e olhou para baixo.

— Filho dum ouriço! Você tá sangrando e nem pra falar nada?!

Tonta, desanimada, decepcionada, e sem a menor disposição pra explicar que não tinha percebido por causa do efeito anestésico do marisco-ardente, Anabela murchou contra Delfim. A expressão exasperada dele foi um pequeno consolo, e deixou que ele a levasse para a cabana.

Dudalina já não estava mais lá, então Delfim a colocou com cuidado na cama vazia, lhe deixou um carinho suave no pescoço antes de abrir caminho para a mãe. Ladrão subiu no colchão e se deitou em cima de seus pés, a língua de fora como se nada estivesse errado no mundo.

O tempo todo Joana estivera a menos de um passo, com expressão contrariada e revolta no olhar. Pouco inspirador numa médica, mas era a única que Anabela tinha.

— Sai daqui, vai — ela disse para o filho.

— Não — Delfim respondeu indo ficar de pé na cabeceira da cama.

— Eu não preciso de ajuda pra cuidar da minha paciente.

— Então eu não ajudo.

— Você não tem um traidor pra encontrar, garoto?

— Tenho, mas acho que o que essa pessoa mais quer tá bem aqui, então é aqui que eu vou ficar.

Joana olhou dele para Ladrão e então para Delfim de novo, o queixo caído. Então fechou a cara de novo e apontou a tesoura que trazia na mão pra Anabela.

— Da próxima vez que você for fugir da minha casa, foge de verdade.

— Vou manter sua sugestão em mente — Anabela respondeu olhando para Delfim, e recebeu uma piscada de olho de volta.

Continua…

Nas próximas news...

 Semanas intensas nos aguardam, então sem promessas. Mas... na newsletter que vem talvez eu fale de óleo e de coisas grudentas.

 E no próximo capítulo de Areia e Pólvora, com a aproximação de Castro e a iminência de um novo ataque de Nero, Delfim e Anabela precisam descobrir como manter uma estratégia em segredo. Eles vão debater um pouco de arte também, porque nem só de sangue e roubo vive um pirata.